Complexo de Peter Pan.
É, idosos. Qual foi a ultima vez que você pensou como vai ser sua vida daqui a 30 ou 40 anos (ou menos, para alguns)? De certo, fora dos ciclos da brincadeira , não pensou. E nunca vai pensar, até quando se olhar no espelho for motivo de desejo por umas ajeitadas na bochecha e uma levantada na papada. O anseio pela “juventude eterna” é crescente, principalmente da década de 70 para cá. Passamos pela era de ouro do Rock, pela febre do movimento hippie, pela revolução glamurosa e jovial de Marilyn Monroe e as pessoas continuam envelhecendo. Hoje, ter 28 anos ainda é ser jovem. A 30 ou 40 anos atrás não era bem assim. Era mais que normal ver pessoas de 25 anos com empregos estáveis, casadas, com filhos e responsabilidades que hoje não compactua com a idéia das repúblicas e do eterno “estudante-estagiário” que anda se formando. A sociedade não permite mais o envelhecimento, o mercado de trabalho não aceita mais pessoas de 40 anos (que, segundo estudos, será de 30, daqui a 10 ou 15 anos) e vivemos um paradoxo entre o aumento da expectativa de vida e o declínio da valorização dos portadores das primeiras rugas, que no futuro serão uma parcela muito mais considerável da população. O idoso é, na verdade, taxado como desatualizado, o inválido, o “coitadinho” que daqui a pouco vai ser responsável por esquentar o PGBL e o VGBL, principalmente devido à relativa diminuição -trocadilhos a parte - da PEA (População Economicamente Ativa). Não estamos só envelhecendo mais, mas também com mais saúde, mesmo em países em desenvolvimento, como o Brasil, com evidente estreitamente da base de pirâmide etária e alargamento do topo (Ver imagem da pirâmide ao lado). E o que isso tudo pode significar? Dois futuros possíveis. O primeiro é que o preconceito contra o idoso como pessoa e como trabalhador diminuam e que se abra um espaço sem precedentes para eles na sociedade, como produtos voltados exclusivamente pra terceira idade, aumento de cursos técnicos e universitários claramente direcionados aos mais velhos e, com a crescente participação numérica de votos, vire uma cartada-mestra dos futuros discursos políticos que provavelmente terão o idoso como público alvo de extrema importância. O outro futuro possível é que o paradoxo que vivemos continue a se intensificar e que a idade jovem continue sendo a favorecida e, neste caso, se tornando mais um preconceito contra a maioria em favor da minoria, como sempre ocorreu, com mulheres, negros, tudo. Esse assunto, que de uma forma ou outra é delicado, é objeto de reflexão que se espera convergir para um meio termo entre os dois extremos mostrados, o que caracterizará um futuro incerto, porém, de previsão delimitada pela colaboração que a nanotecnologia e a medicina moderna constantemente nos oferecem. Um objeto de estudo que provavelmente será constantemente abordado nos próximos cinqüenta anos quando estivermos cheios de rugas, escrevendo sonetos de madureza, dando a ilusão de calma, sendo sempre os loucos, os mentirosos, aqueles que acreditam em mitos, aqueles que zombam do mundo.
Thyagu.
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Futuro!? Isso já é presente.
2:24 AM
Acho que deveria ser respeitado pelo menos um tempo de 10 horas de uma publicação para outra...para o público ler todos os textos mais tranquilamente.
6:09 AM
a piramide etária caiu no psicoténico o governo federal(tb conhecido como ENEM), acho q era a questão mais difícil, huehueheuheu
6:25 PM
Gibran > é presente o crescimento da população idosa, o que não é presente é o PREDOMINIO da população idosa...
9:03 AM
Estou perante a mesma situação.
Lancei um blog que é o meu diário sobre principalmente o eu e o peter pan.
Gostav que me dessem umas luzes sobre esta situalção
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