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O Patinho Amarelo

Pernóstico, Sádico e Sarcástico

Monologo da fada madrinha, ou a companhia insolita

Ela vestiu seu Versace rosa pastel (deus sabia que ela nunca teria dinheiro pra comprar outro igual!) e sentou-se em lótus na cama. Suas unhas cor de renda deslizavam na embalagem dourada dos marzipans. Prendeu o cabelo para se concentrar, e levou aos lábios os doces, todos os da caixa, um a um. Pensava em si mesma nessa hora. Treinava-se pra ser feliz, se obrigando a fazer o que queria. Soavam estranhos esses pensamentos de qualquer forma. Mas alguém tinha que fazer alguma coisa afinal. Os drapeados do vestido faziam um pouco de cócegas, ela se mexia para que fizessem ainda mais. Olhou para os seus pés tortos, e pensou que não existem mesmo pés bonitos depois dos anos 60. Contentou a delicada feiúra deles com meias bem finas, bastantes apenas pra que seus pés escorregassem no piso do quarto. Uma bailarina. Quase podia-se ouvir o som de caixinha de música. Colocou água na taça mais bonita da casa, e uma música de conto de fadas ao fundo. Olhou pela janela, e olhou seu reflexo na janela, e decretou que neste dia faria uma festa só pra ela. Pra mostrar só pra ela a nova maquiagem, e o balanço dos babados do vestido, já um pouco surrado, de fato. Dançou. Fez caretas. Cantou. Falou para todos o que ela nunca teve antes coragem de falar. Bem ali, sozinha, no corredor.
Passaram-se assim cerca de quarenta minutos.
Então ela percebeu que começou a se trair, tava bem querendo que alguém aparecesse, tocasse a campainha, o celular a tentava. E que forçar-se a ser feliz gera uma certa monotonia. Que tédio. Que deprimente a música. Você vai acabar quebrando essa taça, melhor trocar por um copo. Seu vestido está velho, só você mesmo, nesse prosaicismo pra achar algo de interessante em babados tão bregas, imitações baratas de Versace. Ora high couture. Na verdade esse vestido ressalta bem aquela barriguinha que você jurou perder na semana passada, né? Cansou-se de andar e dançar, melhor sentar somente. E tirar essas meias, que afinal estão sujando no contato com esse chão imundo. E ver o que tem pra comer, porque marzipans são doces muito sem graça. Também só poderia. Não passava de um doce de batata com aroma artificial de vento. Melhor ligar a televisão também, pra quebrar esse tédio... Aliás, entenda que felicidade é um ato espontâneo. E precisa ser constatado pra poder existir, é óbvio. Ou você achava que você ia ser feliz só porque fez meia dúzia de passos com esse vestido insosso? Não era nem um pas-de-deux!

E assim, ela se fez infeliz para sempre.


Mary Fouleaux
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4:42 PM

Na verdade ela se fez feliz por um tempo até considerável no conto...muito vocabulário novo pra mim..hehehe    



4:59 PM

felicidade é uma utopia... o que existe são os momentos...    



6:35 PM

Bem, eu não sou a personagem, mas eu acredito em felicidade, o que varia são as definições.. a de alguns é utopia, mas a minha até que não. ;)    



9:27 PM

discordo da Srta. O.Q. Crick
d acordo com mf


para mim é o inverso
INfelicidade é uma utopia... o que existe são os momentos...


eu sou feliz o tempo todo, se bem q eu não sou lá muto normal, huehuehuehueheueh    



10:01 PM

Eu também discordo da felicidade ser utópica... e acho q ela é inversamente proporcional a inteligência... heheheh...    



11:32 PM

Peraí!? Inversamente proporcional à Inteligência...Olha aê Hellsing ti chamaram de burro.. :P
aeeuheuaheauehaehae    



5:44 AM

ué?, e eu não sou? =P, huehuehue    



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