O Patinho Amarelo

Cercado por todos os lados o cavaleiro não se movia. Nem poderia sem cérebro. Tantava buscar uma solução, mas não tinha neurônios. Buscava lembrar-se, de que? Estava vazio. Na mais cruel realidade o cavaleiro não buscava nada, não havia atitude.
Como falta atitude a todos que não possuem cérebro!
No mais, restava ficar deitado, imóvel no meio do cerco de homens armados até os dentes. Lanças, arcos, espadas, machados. Armados de todas as formas, prontos para investir ferozmente contra o cavaleiro. Sentiria dor?
Muito tempo se passa, talvez anos. Os inimigos não se aproximaram, não atacaram, não fecharam o cerco, não se moveram, nem recuaram. Não era por falta de atitude, e logo, falta de cérebro. Mas por falta de coragem mesmo.
Assim sendo, deitado jazia a ineficiência cercada pela covardia. E nenhum justo para salvar o cavaleiro ou para cortar sua garganta. E ali ficaram todos.

Galileu Fikaporay.

Esse artigo foi publicado em 27 agosto, 2007 às 17:11. Você pode seguir até o fim e deixar um comentário.