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O Patinho Amarelo

Pernóstico, Sádico e Sarcástico

Arte pela arte??..

Outro dia lembrei-me de uma entrevista de um tal Claude Simon, se não me engano, onde ele falava que o romancista devia se focar mais na descrição do que contar histórias. Então, quem esses Modernistas vanguardistas acham que devia se dedicar a narrativa? Não poderiam ser os pintores, afinal é difícil contar uma história jogando tinta numa tela e fabricando quadradinhos milimetricamente perfeitos de paisagem. Quem sabe o teatro, mas subitamente me lembrei que teatro é rito, o que significa exatamente uma legião de figuras seminuas jogando carne podre e leite materno no público. A poesia, então, é um caso perdido. Há modernistas que a definem apenas com uma definição negativa: o contrário absoluto de narrativa. Às vezes tenho a impressão, que já que a narrativa precisa de um meio para se manifestar (afinal, não existe narrativa no abstrato), e como toda forma de arte segundo o modernismo deve se preocupar mais com o meio do que qualquer outro aspecto da obra, a presença de uma história nisso tudo, além de papel secundário é algo nocivo para se alcançar o efeito estético de mais elevação. Besteira, é óbvio. Levar a arte há um nível de especificação desta forma (que o quadro só deve retratar uma imagem e que a poesia só a palavra), além de criar uma tirania intelectual totalmente arbitrária, não deixa lugar para narração. Como se pode contar uma história se os modernistas acham que todos os meios que dispomos para contar-las é algo muito acima de personagens pobres como Hamlet, Fausto, ou Tristão e Isolda? Por agitação das moléculas no sistema? Por uma platéia conectada por ondas psíquicas com os atores enquanto eles encenam A Pedra do Reino?

O fato é que os modernistas odeiam a narrativa. Isso cria aquela atmosfera de elitismo estético, onde se o autor não é compreendido, entra diretamente na galeria de gênios, quando na verdade devia enquadrar em uma turma muito pobre do CAC. Por isso, a essência da arte, para eles, é uma obra sem narrativa, afinal, uma boa história torna uma obra populista demais. Ouvir histórias é o primeiro prazer artístico que se delicia na vida, e em muitos casos, é o único. Mesmo o hominídeo mais estúpido, daqueles que enfia a faca no pescoço pra ver se corta, senta em volta da fogueira para ouvir dos mais velhos as histórias dos antepassados que enfrentam um ou outro dinossauro. Hipoteticamente, colocando um sujeito highbrow e um middlebrow em paralelo em uma peça, enquanto o highbrow se delicía com a retórica e as paisagens maravilhosas, e mais aqueles detalhes que só a pretensão pode exacerbar, o middlebrow se prende as tendências
homicidas do personagem mais engraçado. É sim, a história que aproxima obras sofisticadas do público mais desinteressado por arte.

Claro que admitir verdades simples assim não levam ao populismo: a opinião do sujeito highbrow, que é profundo conhecedor de pinturas, que sabe grego e lê livros imensos e vive pra isso deve realmente ser mais relevante do que quem embarcou na cultura pulando o muro (a não ser que ele seja sensível a beleza, o que não deve ser o caso). Mas o que chama realmente a atenção é que, de Sófocles a Bazac, se a construção métrica de um verso ou psicologia construída viviam para um público especialista em arte, uma boa história é que sabe atrair o povão. No modernismo, parece que o disparate ficou um pouco maior. De um lado uns filmes de Peter Greenway, que só não faz todos dormirem porque pouca gente senta numa cadeira de cinema pra assistir-los e do outro Homem-aranha e Missão Impossível que são até prazerosos, mas aquele tipo de prazer que também acontece quando você malha uma hora na academia ou da uma mordida enorme num BigMac. Algo como a crítica que Pe. Antônio Vieira fez no Sermão da Sexagésima, quando o barroco vivia só de antíteses. A arte não vive só de antíteses.


Thyagu.

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10:09 PM

Dificil, prolixo, redundante, cartesiano, metonimico, oxitono, muito bom :P
Tomara que o patinho desengate a marcha 1 e engate a marcha ré...já que os tempos de ouro aconteceram antes de começar.    



12:25 AM

Clap, Clap, Clap!
guilhotina pro arroto autoral de LFCarvalho!    



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