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O Patinho Amarelo

Pernóstico, Sádico e Sarcástico

Fábulas Fabulosas para Adultos III

O Gatinho Comilão

Era uma vez um gatinho preto que vivia sozinho na rua desde o dia em que sua mãezinha desapareceu. Viveu sempre no mesmo lugar, perto de um churrasquinho de esquina, desde filhotinho. Sua mãe o ensinou a sempre ficar perto do vendedor de churrasquinhos, pois era um homem muito bondoso e toda hora dava um pedacinho de carne para eles comerem.
O gatinho passava o dia passeando pelo bairro, não indo, todavia muito longe, para não perder o almoço, o lanche, a ceia e o jantar. Faturava sempre muitos pedaços de carne, e isso o deixou muito preguiçoso e roliço.
Sentia muitas saudades da sua mãe. Passaria o dia todo deitado não fosse uma pontada de esperança que tinha, de reencontrar sua mãezinha em algum lugar do mundo. Andava sempre até um certo limite do bairro, mas daí, sentia medo de perder uma das refeições, e voltava.

Um dia, por alguma pontada de curiosidade, resolveu passear para o outro lado do grande parque. Depois do almoço, dormiu um pouco debaixo da barraquinha e quando o sol baixou saiu para sua aventura.
Em poucos minutos, chegou em uma área cheia de casas de tijolos vermelhos e muito lixo acumulado – muito diferente do lado do parque onde vivia. Era repugnante ver tanto fedor, “Como alguém poderia viver naquela podridão?”, pensou. Aos poucos percebeu que havia vários gatos espalhados em meio ao lixo, e por todo aquele lado do parque. Eram todos de péssima aparência, cheio de cicatrizes, olhos furados, gingado malandro. “Capadócios!”, murmurou.
Quase vomitou ao ver um dos gatos pegar um pedaço de sardinha da sarjeta onde se acumulavam fezes de animaizinhos e seres humanos e por na boca com bastante alegria e satisfação. A ânsia foi tremenda, que fez um ruído de engulho forte que chamou a atenção de alguns gatos. Três deles se aproximaram. Um gato cinzento com listras pretas, muito magro e fedorento, um outro corpulento e amarelo, de olhar ameaçador e um gato cinza azulado ,imponente que mais parecia uma pantera. Seu olhar amarelo era cortante e deixava claro quem era o líder daquela gangue:

-Algum problema meu filho? – disse o gato imponente.

Não conseguiu responder. O chefe da gangue, vendo o medo do gatinho, falou com um tom calmo:

-Não precisa ficar acanhado garoto. Eu sei quem é você, você é o gato que fica comendo daquela droga lá do outro lado do parque, não é? Bem, eu sou Epaminondas, o líder dessa gangue que vossa senhoria está vendo. Agora se apresente, por favor.

-Meu... Meu nome é Petrônio.

-Petrônio!? E isso é nome que gato tenha? – debochou o gato magro e fedorento, mostrando que faltava um canino na sua boca preta de sangue coagulado e velho, já totalmente seco e preso aos pêlos.

-Pelo menos é assim que meu dono me chama – respondeu Petrônio, tomando um pouco de coragem.

-Dono!? Você chama aquele carniceiro de dono? – irritou-se o chefe Epaminondas. Vários gatos que antes cavoucavam os montes de lixo pararam abruptamente, assustados. “Não é todo mundo que irrita o parcimonioso chefe”, cochichou um velho membro para um gatinho que acabara de ser desmamado, mas que mesmo assim, já apresentava um alto grau de periculosidade – Olha garoto – continuou o líder para Petrônio - olhe para nós. Isso que é liberdade, isto que é ser gato; liberdade de ir e vir, comer ratos, baratas, lixo, brigar uns com os outros, procriar. O que você faz é muito errado meu filho...muito errado.

O gatinho, desde o principio, já estava bastante assustado, porém, esse último “muito errado” foi desferido como uma patada no seu rabo longo e fino. Sinceramente não sabia o que tinha de errado em comer carne de boa qualidade e ter o cuidado de um ser humano. E isso ativou sua curiosidade, mesmo que isso ameaçasse matá-lo - como já reza o ditado.

-Qual o problema de ter um dono? – perguntou com humildade.

-Nenhum – respondeu o chefe – mas há um pequeno problema nessa sua pergunta. Gato nenhum tem dono, nós que somos donos de “alguém”. Não somos aqueles estúpidos cachorros que falam besteira e ficam se entregando fácil aos seres humanos. Enfim, se ele te dá tudo que você precisa para viver e deixa você ser feliz em paz com suas posses e com sua natureza de gato...não há problema algum em “ter um dono”.

-Então o que faço de tão errado assim? - perguntou Petrônio.

-Garoto, você não sabe nada da vida mesmo. Você é um canibal e não sabe disso – ao ver a surpresa do garoto, continuou de forma didática – Você acha que essa carne toda que o homem faz vem de onde? De vaca? De cachorro não é – a carne é dura – nem é de passarinho. Essa carne que você e os humanos comem sem saber a origem, é carne de gato.

O gatinho preto apertou os olhos, mirou a gataiada toda com cuidado e desconfiança, só não mirou aos olhos amarelos brilhantes do gato chefe, porque tinha receio que isso fosse ofensivo.
Não acreditava, claro. Isso é impossível, o seu dono jamais venderia carne de gato. Ele sempre teve muita atenção com sua mãe e com ele; muito cuidado, zelo, para que eles vivessem bem, e comessem bem e muito. Por fim, fechou-se nas suas convicções e sem mais delongas respondeu:

-Não sei quem inventou essa história, porém, isso é um total absurdo. Provavelmente, quem falou isso estava a fim de tirar uma brincadeira. Quem quiser passar por lá qualquer dia, pode aparecer, tudo bem? Agora, vou voltar para o meu dono e pronto...vou deixá-los em paz...com os seus lixos.

"Pra quê!?". Alguns gatos acharam ofensivo, porém o chefe ,atento, não esboçou reação alguma - um velho sinal para que a gangue também não reagisse. Com medo de um ataque dos gatos por seu discurso bastante arrogante e corajoso, pois não sabia das regras da malandragem, virou-se rápido e partiu o mais veloz que pode em direção à barraca do dono. Os outros gatos pararam de olhar e voltaram ao seu serviço de procura e alimentação. Somente o chefe ficou imóvel e pensativo. Por fim, disse para sim mesmo sem dar importância aos outros gatos:

-Que se f...

Nas semanas seguintes, o churrasqueiro passou a comprar ração de gato e a calibrar o gatinho com mais pedaços de carne. O gatinho não se sentia mais motivado a sair por ai e desbravar o bairro, inclusive a saudade de sua mãe havia diminuido, enquanto que suas gordurinhas só aumentavam. Estava realmente muito feliz com a vida de gula e prazer gastronômico. Toda vez que pensava nos outros gatos, tinha crises de riso e no final um remorso por rir da miséria dos outros, “Mas fazer o que? Preferem viver na ignorância!”, pensou.

Uma noite, despertou no susto ao ser pego no colo pelo dono. Achou estranho porque o churrasqueiro não era muito da turma do dengo. Pensou que talvez ele estivesse triste e precisasse de carinho. Roçou a cabeça no peito do dono e ronronou.

O que não sabia é que as mãos do churrasqueiro estavam endereçadas a outro tipo de trabalho e não ao carinho.

Agarrando forte ao couro das costas do gato e com uma faca na outra mão, o churrasqueiro deu um corte certeiro na garganta de Petrônio que morreu na hora. Foi carne para bastante espeto, e foi servido com bastante farinha. As pessoas se serviram com voracidade, adoraram a carne de Petrônio.
Os pedacinhos de gordura e outras coisas não utilizáveis foram servidos a um cão vira-lata que passava pelo local; atitude totalmente desinteressada do churrasqueiro, já que todos sabem bem como a carne de cachorro é dura.

Moral da história; VOCÊ É O QUE VOCÊ COME.


Por Galileu Fikaporay e Srta. Canôiaia Canôia




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4:06 PM

Credo!!!
Eu sou contra maltrato aos animais.... que horror... eu até chorei vendo o filme do cachorro...
pobre petronio...    



5:32 PM

Eu também sou. Mas para certo humor é necessário um pouco de licença poética :D

Ass: Galileu Fikaporay    



9:46 AM

Estou fazendo uma campanha de doações para criar uma minibiblioteca comunitaria na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,preciso da ajuda de todos.Doações no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Que DEUS abençõe todos nos.Meu e-mail asilvareis10@gmail.com    



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