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O Patinho Amarelo

Pernóstico, Sádico e Sarcástico

Estudantes de Ciências Sociais no HAITI ESCREVEM

21 janeiro, 2010
No dever com a verdade, o patinho amarelo publica email que vem sendo enviado para várias pessoas. Um relato do que está realmente acontecendo no Haiti. A realidade é cruel, mas é necessária de ser transcrita. O idealismo em relação as ações das forças militares no Haiti e como estão sendo feitas as operações de resgate nos ajuda a ser mais solidários. Mas o realismo em torno dos vários interesses politicos e econômicos que rondam o trágico Haiti pode nos ajudar a mudar para melhor aquele país, exigindo para que seja reconstruida as possibilidades de existência , mas jamais, as antigas estruturas repressivas e os grilhões.


HAITI: ESTAMOS ABANDONADOS13 13UTC Janeiro 13UTC 2010, 23:39 Arquivado em: HAITI

A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.
O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.
O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?
A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.
Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.
A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.
A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.Me incomoda a ânsia por tragédias da mídia brasileira e internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.
Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.

Otávio Calegari Jorge"

RETROSPECTIVA 2009 - PARTE I

08 janeiro, 2010
Viva a Democracia!

Este ano, mais do que em todos os anos, a politica nacional e internacional mostrou o quanto é frágil nosso conceito de Democracia. No Brasil então, o que nos ocorreu de escândalos fora suficiente para por abaixo qualquer espectativa que uma real democracia esteja sendo construida ou se contrua um dia.

Enquanto a imensa maioria da população norteamericana sonha com a volta dos seus soldados. O presidente Barack Obama contradiz a mecânica politica aparentemente renovada e envia mais soldados ao Afeganistão. Democracia?

No Brasil, José Sarney, mesmo com os escândalos, se mantêm a força no cargo de presidente do Senado - O povo se mostra incapaz de tirá-lo. Tirania?

Em Brasilia, Governador põe dinheiro em pasta, presidente da câmara põe dinheiro na meia, pastor inventa oração aos corruptos. E o povo, que se mostrou claramente a favor do Impeachment de Arruda, tem que esperar que a câmara vote quando voltar das férias. Uma câmara com boa parte dos seus membros envolvidos no caso. O povo teria direito de tirá-lo, fosse o pais uma democracia? Cabe esperar a pizza evangélica e a vontade de meia duzia de corruptos. A exemplo de Sarney, Arruda não quer sair e o povo não pode fazer nada, além de levar surra de policial na rua. Assim com 68, será que 2009 não terminou?
Na politica e na mídia, as grandes oligarquias perpetuam o seu poder. Ainda não vimos o fruto da operação "Satiagraha"; Daniel Dantas e seu Sancho Pança, Gilmar Mendes, conseguem travar e mandar e desmandar na justiça. A Familia Sarney, novamente, rouba dinheiro através de sua fundação, e golpeia o Estado do Maranhão em uma operação digna da Corporação do seriado Prison Break, retirando do poder o eleito Jackson Lago, o primeiro a quebrar o dominio Sarney no Estado.





E porque não dizer da criminalização do MST. O ano foi bom para a bancada ruralista, que aliás, descobriu-se, detém uma renúncia fiscal maior do que a receita estadual para saúde, no Mato grosso. O MST invadiu e destruiu o imenso latifúndio (um deles) de Daniel Dantas e invadiram a fazenda de Gilmar Mendes. Crime ou Revolta? E quem não se lembra do massacre dos Carajás? Ninguém se lembra. Eles ainda derrubaram pés de laranja. Todos disseram, "mas eram laranjas!?". Que absurdo derrubar laranjas, para plantar feijão. Provavelmente se fosse "Pé de Pobre", ninguém reclamava.
Laranjas que matariam a fome na África? No Brasil? Ou a sede dos norteamericanos e europeus?

O MST ainda assassinou dois seguranças - pobres coitados - em uma fazenda em Pernambuco. Porém, só não disseram o que os seguranças estavam fazendo armados perto do assentamento. Aqui em Pernambuco segurança de latifúndio tem outro nome, e mata. Pobres seguranças, não conseguiram realizar seu trabalho de eliminar sem-terras e ainda sairam mortos.

O Brasil saiu bonito economicamente. Mas "nossa democracia" está ferida. A mídia cai em cima dos movimentos sociais e parece não ter gostado do pacote dos direitos humanos para 2010. Claro, atinge justamente aquilo que os donos do poder sabem fazer melhor; Infrigir o direito humano à voz, a educação, saúde, laze, entretenimento, trabalho e REPRESENTATIVIDADE.

Vamos torcer para a mídia seja mais descaradamente classista do que neste ano foi. Torcer para os politicos mostrarem suas garras de vez, possibilitando que o povo tenha motivos de, também, mostrar as suas. Vamos torcer para mais gafés de Boris Casoy e outra mais vergonhas!

No balanço politico do ano, a democracia Brasileira não tem ainda mortalha, nem foi enterrada. A democracia no Brasil ainda não se pariu.

Galileu Fikaporay

CRITICA SENTIMENTAL: Cannibal Holocaust!

07 janeiro, 2010
Estava eu fazendo um curso de cinema digital e ao mesmo tempo, desenvolvendo pesquisas no campo do cinema de horror e descobri este grande filme - A capela cistina do cinema de horror.








Cannibal Holocaust é simplesmente um filme aterrorizador. Proibido na época (anos 80) em boa parte dos paises e repudiado pela imensa maioria dos habitantes do planeta terra, o filme retrata o terror em um território inóspito (Inferno Verde) cercado por duas tribos de canibais vorazes. Mas no fim, o filme é, em suma, uma critica a um canibalismo muito pior e mais desumano do que o de qualquer povo que assim se comporte na mesa - o canibalismo do homem sensasionalista! Homo Sapiens Panis et circenses.
O filme possui um cinismo genial, bem dosado. As cenas de suspense são muito bem construidas tornando boa parte do filme, um thriller investigativo de peso, muito mais forte do que aquela outra parte, parte pela qual o filme ficou famoso - Carnificina, Estupros, Mutilação, Escatologia, Sexo Explicito, Nudez,Canibalismo e, para o delirio dos lunáticos, Empalamentos.

Ruggero Deodato - Diretor - dosa algumas cenas que são feitas com efeitos especiais clássicos dos filmes B - Toscos - com algumas cenas de tão extremado poder que, em alguns momentos, duvidei que tudo aquilo fosse encenação. Desconfiança igual a própria justiça que, reza a lenda, intimou o diretor a provar que as cenas não tinham sido feitas de verdade.

Apresentados todoso os atores (vitimas) do filme, salvos mas não muito sãos, o filme ficou empoeirado nas estantes de raras videolocadoras e nos porões de quarteis policiais, por muitos e muitos anos.

Agora, o filme ressurge. Com toda a sua força e a mensagem de que no final das contas, somos todos canibais. Somos adoradores da escatologia, da violência e por nossos habitos, sacrificamos o outro para o nosso prazer (e sucesso). A desumanidade dos "civilizados" em relação aos "primitivos comedores de gente", é o ponto principal.

Este filme é único. O que foi feito nele, jamais será feito novamente com tanta liberdade. O filme é um sacrificio pessoal e artistico para transmitir uma mensagem importantissima. Uma das mais incriveis que já presenciei. Posso parecer maluco! Mas em meio ao sangue, encontrei a pus, quero dizer, a luz.

No final, as pessoas que assistem o filme, motivados pelo canibalismo próprio, só conseguem enchergar o sangue, o estupro, o assassinato e, claro, os empalamentos. A esses individuos, o diretor deixou a mensagem final do filme. Aos que viram o filme por todo o seu lado critico e seu suspense - que corresponde a mais de 70% do filme - o filme não é só um clássico do horror, mas também - NÃO ME MATEM! - um clássico do cinema humanístico. Fica uma sensação leve de que somente com os anos as pessoas entenderão a real mensagem do filme. Para o bom entendedor do filme, cabe um pouco de pacifismo. Não é a toa. Fica assim a necessidade de nos tornemos melhores, porque somos iguais ao que sempre fomos em toda a nossa história social; Canibais, assassinos e sanguinários.

A cada dia que se passa, mais uma pessoa redescobre este filme. Filme este que impressiona por seu realismo e, com certeza, por sua aguda sensibilidade à condição humana. Uma clássico! Um mal necessário.












Vai algumas fotos legais: