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O Patinho Amarelo

Pernóstico, Sádico e Sarcástico

Um texto quase bom...

26 março, 2007
Quase – Adv. 1. Perto, aproximadamente:Está quase em idade escolar. 2. Pouco menos: Tem quase 1500 livros. 3. Por pouco, não; por um triz: Quase enlouqueceu.

Somos a geração dos quase adultos, uns consideram, outros não. E eu que pensava que eram apenas nossos pais que resistiam em reconhecer nosso crescimento, quando um amigo me afirmou que, agora, a adolescência vai até os trinta anos. Não sei se comemoro ou sinto pesar nessa pós-modernidade.
Somos também os que quase dariam certo. Pois quando entramos na universidade, o mundo estava a nossos pés, e, hoje, nos resignamos que o conhecimento dá um poderzinho sem graça e que, sim, mercado de trabalho existe e é mais do que um monstro que vive no nosso armário.
Somos os filhos dos quais nossos pais quase se orgulharam, por que achavam que nós não iríamos acordar bêbados em lugares desconhecidos, por que achavam que nós não usaríamos drogas, por que achavam que nós correríamos dos riscos do cigarro, porque achavam que nós seriamos vegetarianos.
Somos quase livres das ditaduras que escorrem por aí. Somos quase livres da ditadura da propaganda, somos quase livres da ditadura do corpo magro e perfeito, somos quase livres do machismo que nos impõem, somos quase livres da ditadura do orgasmo feminino.
Somos quase a geração que salvou o Brasil. Por que elegemos a ‘esquerda’ e... Você quer mesmo que eu toque neste assunto?
Somos uma geração com quase ídolos. Nossos ídolos de verdade estão mortos, Che, Kurt Cobain, Clarice Lispector, Lula e as Spice Girls...
O que nos resta, para fugir desse ‘quase’ sufocante é recorrer ao niilismo, e isso não é todo bom. Mas correndo por fora desse niilismo-desesperado-de-pós-adolescente-sem-futuro-de-verdade, eu acredito no movimento das massas, que mesmo sendo massas pequenas, respiram e podem oxigenar o que está por vir.
Eu, por exemplo, acredito no patixismo e você?

Srta O. Q. Crick

O valor da vida humana.

15 março, 2007
Um engenheiro que trabalha pro governo da cidade vem com uma proposta: A cidade pode gastar 10 mil, pra produzir e operar, um semáforo num cruzamento da cidade onde há apenas uma placa de "Pare". Ele estima que o semáforo reduziria acidentes graves de 1,6% para 1,1%. A cidade deve gastar verba com o semáforo?

Para responder essa questão você se volta pra análise de custo-benefício, mas há um obstáculo, o custo é medido em reais e a possibilidade de salvar a vida de alguém não se mede em custos monetários. Para resolver a questão você precisa atribuir um valor em dinheiro a uma vida humana. Primeiro você se sente tentado a concluir que nada paga uma vida humana, que seu valor é infinito.

Mas para a relaçãos de custo-benefício essa resposta leva a análises sem sentido. Se realmente atribuíssimos valores infinitos a vida humana, colocariamos semáforos em todos os cruzamentos. Em nossas decisões, tanto públicas quanto privadas, as vezes colocamos nossa vida em risco para economizar um pouco.

Uma maneira boa de avaliar a vida humana é analisar os riscos que as pessoas estão voluntariamente dispostas a correr e o quanto lhes deveria ser pago para correr esse risco. O risco de morte de operários de contrução civil que trabalham em arranhas céus é muito maior que o de quem trabalha em escritórios. Comparando os salários de profissões de maior e menor risco e controlando o nivel de instrução, experiência e outros determinantes dos salários, as pessoas podem ter a idéia do valor que as pessoas atribuem a própria vida. Estudos utilizando essa abordagem concluem que o valor de uma vida humana é de aproximadamente 10 milhões..

Podemos agorar voltar ao nosso problema do semáforo. O semáforo reduz os acidentes graves em 0,5%. Assim o benifício proporcionado pelo semáforo é de 0,005 x 10 milhões, ou seja, 50 mil reais. Essa estimativa supera em muito o preço do semáforo que é de 10 mil, de modo que é proveitoso colocar o semáforo.

...
Thyagu Dizalenda

TESTE DE AFINIDADE

12 março, 2007

A fim de testar a afinidade d@s leitores(as) do Patinho Amarelo, o Ministério Público, através da minha pessoa, desenvolveu um pequeno teste, parecido com esses de revista Capricho. Vamos ver o quanto você tem a ver com nosso borrachudo camarada. Pegue papel e caneta, responda às perguntas, e no final veja a sua pontuação. Boa sorte!

1. Qual sua visão política?

a) Apolítico

b) Libertário

c) Esquerda

d) Esquerda ao extremo

e) Direita conservadora

2. O que você acha do Bush e da idéia de matá-lo?

a) Eu queria achar partes dele espalhadas por aí.

b) Não acho nada. Mas se alguém achá-lo me avise que eu to procurando ele.

c) Eu acho que não toca na raiz do problema.

d) Ta mais do que certo, mais outra pessoa que faça.

e) Tadinho, ele não sabe o que faz!

3. Qual seus sentimentos em relação ao Papa Bento?

a) Nenhum, ele não usaria camisinha.

b) É outro que to atrás...

c) Que Deus tenha João Paulo II e que o Diabo espere esse!

d) Ele é o Papa e merece respeito.

e) O mesmo que tenho em relação aos nazistas.

4. Qual o melhor modelo econômico para o mundo?

a) Capitalismo

b) Comunismo

c) Anarco-Patixismo

d) Socialismo

e) Anarquismo

5. Qual seu grau de ufanismo?

a) Sou pernambucan@ e não vou com a cara d@s baian@s.

b) Sou paulista e não vou com a cara d@s cariocas.

c) Sou brasileir@ e não vou com a cara d@s argentinos.

d) Sou bradileir@ e não vou com a cara d@s norte-americanos.

e) Todas as alternativas anteriores

6. O que você faz para mudar o mundo para melhor?

a) Ajudo a velhinha a atravessar a rua.

b) Nada, não é problema meu.

c) Lula é que devia fazer, mas eu ajudo como posso.

d) Eu dou um celular novo todo mês para um ladrão.

e) Assumo minha responsabilidade social e faço o que posso para ajudar meu país e o mundo.

7. O que você pensa sobre os governos de esquerda da América Latinha, como de Hugo Chaves?

a) Falando em Chaves, vai começar daqui a 10 minutos o novo desenho.

b) Bush devia ir lá matar todo mundo sufocado com enxofre.

c) It’s revolution, baby!

d) Lula não tá nesse meio, não?

e) Eu inclusive já comprei minha passagem pra ir lá ajudar e lutar junto com o povo contra o imperialismo!

8. Qual seria sua arma caso estourasse a revolução armada no Brasil?

a) Um fuzil AR-15.

b) Um pau bem grande.

c) Lutaria como fosse, mas primeiro luto para que a revolução seja de outro jeito.

d) Meus peidos.

e) É pé no bucho e mão na cara.

9. Do que você mais gosta na Rede Globo?

a) Big Brother Brasil

b) Todas as cinco novelas e as minisséries.

c) William Bonner e Fátima Bernardes.

d) Domingão do Faustão.

e) Fantástico.

10. Quem você levaria para uma ilha deserta para discutir política?

a) Heloísa Helena e Kátia Telles.

b) FHC e Alckmin

c) Lula e seus ministros.

d) Garotinho.

e) George W. Bush, o filho.

11. Qual seu/sua jornalista preferid@ do Patinho Amarelo?

a) Galileu Fikaporay.

b) J. K. Wasvuden.

c) Srta O. Q. Crick

d) Thyago Dizalenda

e) Mary Fouleaux

f) Benjamin Salgado

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PONTUAÇÃO

1.

a) 1

b) 4

c) 3 (cuidado com essa esquerda falida...)

d) 2 (nada de extremismos, companheir@)

e) 0 (por que diabos você lê então o Patinho?)

2.

a) 3

b) 4

c) 1 (não resolve o problema, mas diminui!)

d) 2 (coragem, companheir@)

e) 0 (vai dar pra ele então... quem sabe ele não se distrai e esquece a gente!)

3.

a) 4 (sexo seguro, já!)

b) 2

c) 1 (tenho pena do Diabo, isso sim)

d) 0 (todo mundo merece, né!)

e) 3

4.

a) 0 (repito... pra que ler o Patinho?)

b) 2

c) 4 (viva a sociedade alternativa)

d) 1

e) 3

5.

a) 3

b) 0

c) 1

d) 2

e) 4 (paz e amor... é só uma forma de aferição comprovada pelas regras da ABNT da xenofobia)

6.

a) 2 (essa é velha de mais, não cola!)

b) 0 (é, é problema do Bush...)

c) 1 (e o polvo não deveria fazer não?)

d) 3 (boa, mas não ajuda muito)

e) 4

7.

a) 1 (não era bem desse Chaves que a gente tava falando...)

b) 0 (vá ler com um pouquinho mais de atenção as notícias)

c) 4

d) 2 (ta, exatamente no meio, em cima do muro)

e) 3

8.

a) 0 (vai se juntar com o PCC?)

b) 1 (acho que um pau teria mais utilidade em outras coisas nesses momentos difíceis)

c) 4

d) 3 (pode funcionar...)

e) 2 (só se você for o Bruce Lee reencarnado)

9.

a) 0

b) 0

c) 0

d) 0

e) 0 (vai assistir a Globo...)

10.

a) 2 (coragem ficar com as duas trepeças juntas)

b) 0 (haja picolé de chuchu pra agüentar)

c) 1 (nãaaaaoooo, os ministros nãaaaao)

d) 3 (esperteza, basta levar Denny Oliveira junto)

e) 0 pontos se ele sair vivo.

11.

a) 3

b) 4 (quem disse que somos imparciais?)

c) 3

d) 3

e) 3

f) 3

RESULTADOS

De 0 a 13 pontos: Você precisa aproveitar mais as leituras que faz, se é que faz, no Patinho Amarelo. Precisa ler mais sobre o que acontece no mundo. Precisa fazer alguma coisa urgentemente porque do que jeito que você vai, nem o Diabo vai te querer! Se precisar de ajuda, é só entrar em contato conosco. Ler, ver filmes, parar de assistir Globo e cancelar a assinatura da revista Quem já é um bom começo.

De 14 a 28 pontos: É, ta indo bem, prova que o Patinho faz algum efeito nas pessoas. Continue assim, veja menos TV, vá mais o cinema da FUNDAJ, leia mais livros e menos revistas Caras, você tem futuro. E por favor, vamos botar a mão na massa ao invés de esperar que as coisas caiam do céu!

De 29 a 40 pontos: Companheir@, você é perfeit@ para a revolução Patixista. Palavras não exprimem a alegria que sentimos ao encontrar alguém como você! Sinta-se a vontade para visitar nosso Ministério, conhecer @s jornalistas e até escrever para nosso movimento. Parabéns! Uncle Duck needs you!

Der, Die oder Das?

08 março, 2007
Minha maior dificuldade quando eu estudava alemão era lembrar que palavras eram do gênero masculino, feminino ou neutro. Observo que é igualmente difícil pros gringos lidar com nossos dois gêneros também, acertar o "sexo" das coisas.
Mas, o que determina o gênero das coisas? É assim aleatório mesmo..
Desde quando eu era muito pequena, tinha muito orgulho de ser mulher . Nunca quis ser homem "porque era mais fácil" como alguns afirmam. Sempre quis ser mulher mesmo, com menstruação, TPM, dor do parto, depilação, salto, maquiagem e todas as outras desgraças às quais temos direito.
Talvez porque na minha cabeça de infanta, mulher era mais sensível, mais bonita, mais complexa, delicada, capaz de controlar tudo de um jeito sutil e elegante. Eu era Catherine Zeta-Jones de roupa sintética colada e salto 12 sem mover um fio de cabelo espionando, ou as panteras, ou she-ra (ela era muito mais legal que he-man), ou shena (que também era muito mais legal que hércules). Ser mulher era ter poder e ainda poder vestir um vestidinho branco e fazer cara de pura pro mocinho te olhar encantado.
Mas sejamos francos: O que diferencia o homem da mulher? Não em termos de projeções anatômicas, essas nós conhecemos. Os hormônios? Toda aquela baboseira de "a mulher se prepara pra receber a criança.."? Será mesmo que somente substituir o estrógeno pela testosterona faz de uma mulher um homem?
Tá, eu acredito que há milhares de anos o processo evolutivo interferiu na nossa cultura afetando nossas relações entre os sexos. Mas não podemos mais dizer que é esse instinto que nos diferencia, muito menos culpar esses instintos por uma série de insultos que ambos os lados sofrem com o machismo. As diferenças salariais, o comportamento discriminante, os pesos e medidas, as meninas de rosa e os meninos de azul.. Tudo por causa de esteróides e da nossa época paleolítica?
Hoje, dadas as condições do século 21, acho que nós não nascemos com sexo algum. A gente vai decidindo o que quer ser, sob forte pressão social pra adotarmos o gênero dos nossos órgãos sexuais. Mas eu acredito que a opção sexual hoje em dia é bem mais do que escolher com que instrumentos a gente quer fazer sexo.
Por exemplo, gays são realmente homens querendo ser mulheres? Pra mim a maior parte dos gays quer mesmo é ser gay. Um sexo diferente. Uma revista dessas fez um dia uma pesquisa sobre se gays têm sotaque próprio. E por incrível que pareça (ou não), a maioria esmagadora dos gays foi reconhecida às escuras pela forma de falar simplesmente. E não porque falassem como mulheres, porque falavam como gays, oras!
Acho que estamos caminhando pra um momento em que as diferenças sociais é que determinam nosso sexo.
A mulher na sociedade já passou por maus bocados, já mudou de forma várias vezes (não só de gorda pra magra), já até exagerou pro lado feminista, já esteve por cima. E o pior que isso, justamente isso, foi majoritariamente decidido pelos homens, decidindo o que era mais cômodo enquanto as mulheres se ocupavam com seus excessos proliferativos. Aí está o segredo.
Nas origens ocidentais, greco-romanas, houve um tempo em que as mulheres só não eram desprezíveis por sua função reprodutiva e às vezes como organizadora do lar. Mas até a beleza era exclusividade masculina, e um homem só dava prazer a outro homem.
Durante outro período um tanto turvo, a imagem da mulher era então a beleza. A pura beleza. Com suas nobres damas européias, madonas e virgens. No entanto eram incapazes de inteligência e força de qualquer tipo. Eram delicadas demais em suas peles cheias de pó de arroz, sob trezentas camadas de seda, com suas lágrimas e palpitações. Observe-se que no entanto, as prostitutas sempre foram consideravelmente fortes.
Os homens no entanto, que sempre foram encarregados dos trabalhos braçais e burocráticos, andam cansados, agora querem somente os papéis intelectuais e de controle. Agora é mais conveniente que as mulheres possam sim dirigir, possam ser cobradoras e etc. Já houve uma época, diga-se de passagem, que até enfermagem era profissão estritamente masculina.
E assim magicamente, de inúteis e feias passaram a inúteis e belas, e agora úteis e belas.
E (o que nos garante ascensão no mercado de trabalho) muito mais barateiras! Como é conveniente para os homens.
Hoje está tão certo pro mundo que a beleza suprema é a mulher, explorado em capas de revistas, na TV, cada milímetro de seus corpos curvescentes, que as próprias mulheres, provando a falta de instinto, acham as mulheres mais bonitas mesmo que os homens. O índice de bissexualismo/homossexualismo entre as mulheres, estimulado pelo machismo, cresce ferozmente. Confunde-se o que é contra o machismo e o que é forçado por ele.
Desde miudinhas aprendemos a supervalorizar nossos hormônios, a fingir que nosso lado racional é atrofiado, que não dirigimos bem, não podemos mexer em máquinas, exceto as de costura, que os vestidos brancos de casamento são a coisa mais linda do mundo, que devemos reprimir nossa promiscuidade diante da promiscuidade masculina, e a trabalhar TAMBÉM, além de cuidar da casa e dos filhos, o que é nosso papel "natural".
De qualquer forma, dentro dos meus conceitos machistas, da cultura impregnada em mim das unhas ao último pensamento, eu ainda escolheria ser "mulher". A mulher desenhada mesmo, fascinante debaixo de suas 7 saias de estrógeno, dos 7 véus do útero. Carregando os meninos na barriga, e todos seus sentimentos e estética nas costas.
Só que agora estamos decidindo. Estamos finalmente tomando pílula e indo opinar. E acredito que o mundo pode agora começar a ficar igualmente cômodo pra todos os sexos. Primeiro o homem e a mulher, depois o homem, a mulher, o gay.
Então aproveitemos, mulheres, e homens com senso de justiça. Lutemos pra sermos todos humanos e ponto, sem deixar que atrofie no que nos dizem que nascemos atrofiados, pra não ter que agüentar o que nos dizem que deve ser agüentado, pra todos os humanos poderem aproveitar igualmente tudo o que nossos sentidos , hormônios, sexualidades nos permitem, e quando queremos. (e continuemos o processo evolutivo abolindo o funcionalismo sexual, escolhamos nós mesmos se queremos ser Der, Die, oder Das, e o que é Der, Die e Das.)
Uma sociedade tão rica em variações de personalidade, jamais seria andrógina, mas poderia certamente ser justa.
Muita libido a todos, todas, e tod@s.
Mary Fouleaux